Review Do Adobe Lightroom


O Lr (Lightroom) é um programa feito pela Adobe para facilitar a vida de fotógrafos, isso é fato. Deus abençoe a Adobe! Leiam e você saberá porquê.

Sempre me perguntam porque não o Photoshop e sim o Lightroom, visto que o você tem todas as funcionalidades no Photoshop. A resposta é simples: o Ps (photoshop) é um programa para edição de imagem, e o Lightroom é para manipulação, além disso eu tenho toda minha Library de forma organizadíssima no Lightroom. Na manipulação de uma imagem, você não consegue mexer em elementos diferentes dentro da mesma imagem, e sim ela por um todo, ou seja, tudo que você faz influencia na foto toda; no Lr não é possível criar layers e mexer somente em alguns detalhes da foto (exceto pela função “Spot Correction”). A verdade é (pelo menos na minha opinião): quanto menos photoshop, melhor. Então eu também uso o Lightroom como uma forma de disciplina para tentar fazer com que minhas fotos sofram o mínimo de edição (nem tenho o Photoshop instalado pra não cair em tentação, rs), elas têm que ser o que elas são. Eu acho que isso faz a diferença na hora do resultado de suas fotos. Se você tirar as fotos e depois ter que corrigir todas elas, há algo de errado.

Bom, chega de fazer propaganda do Lr (como se eu não fosse fazer mais) e vamos ao que interessa, Nesse post eu vou destacar algumas das funcionalidades que eu acho interessante no Adobe Lightroom e que são uma mão na roda. Começando pela principal vantagem, que é a facilidade de se fazer trabalhos em lote (batch jobs), ou seja, você mexe em uma foto e consegue aplicar em outras a mesma confiuração que você fez, usando ctrl+c e ctrl+v, isso mesmo, você copia só a configuração aplicada; e isso tudo é visto em forma de Library, que permite que você visualize as fotos em miniatura. Colocando em exemplos: eu tenho uma modelo posando e tiro 200 fotos com praticamente o mesmo tipo de iluminação, e suponha que o white balance da sua câmera foi configurado errado. O que fazer (além de arrancar os cabelos, de raiva)? Abriria uma por no Photoshop e consertaria, ou criaria um Action para facilitar, mas mesmo assim teria que abrir uma por uma. Tá, dá pra fazer um action e jogar ele na pasta em formato de droplet e arrastar todas as fotos para “dentro” dele, mas po, muito trabalhoso. Na genialidade do Lightroom vc aplica a configuração “perfeita” em uma foto, copia essa configuração com ctrl+c, seleciona todas as outras fotos na Library, e cola! Olha que perfeito!

Antes de começar o próximo parágrafo, cabe explicar: o que é o metadata de uma foto? É toda informação dentro do arquivo que não é a imagem em si. Acho que não fui claro, mas se você entendeu assim, pode passar pro próximo parágrafo, continue caso ainda não tenha entendido. Quando você clica para a câmera tirar uma foto, ela grava um arquivo no cartão de memória, esse arquivo tem a foto (obviamente) e algumas informações a mais, como a data e hora, o iso utilizado, a lente, o modelo, o número de série da câmera (sim, isso é gravado nas fotos), e mais algumas informações. Estas informações que eu citei fazem parte do EXIF, porém não confunda. Metadata é mais do que isso. O EXIF faz parte do metadata (na verdade o EXIF é a informação técnica da foto, o metadata são extras). Inclusive a Nikon lançou uma câmera que tem um GPS integrado que adiciona as coordenadas no metadata no momento em que a foto é batida (excelente ideia).

Além disso, outra funcionalidade muito boa é a preservação metadata da foto, isto é: quando você usa o Lightroom em uma foto, ela não perde o EXIF, muito pelo contrário, você pode adicionar informações no metadata, como por exemplo o lugar onde ela foi tirada, o nome do criador, etc. - já perceberam que todas as minhas fotos têm escrito no canto inferior esquerdo o meu nome e o meu site? É por isso. Pois sempre na hora de importá-las para a Library, eu mando adicionar esse texto no metadata da foto, no campo copyright. Ele automaticamente insere isso em todas as fotos, depois quando eu mando exportar (você vai entender o porque da exportacão, continue lendo), ele insere a marca d`água, tudo automático e muito fácil.

É possível ver informações deste tipo, e adicionar copyright

A Library do Lr é orientada à metadata, isto significa que você pode fazer buscas em suas fotos por eles usando a função metadata browser! Na verdade o “grande lance” do Lightroom é a Library. Veja como ele é para o nicho de fotógrafos: dá pra fazer um filtro (clicando e apertando ctrl para selecionar o próximo campo também) para me mostrar somente as fotos que foram batidas do dia 5 ao dia 7 desse mês, sem flash, com ISO100, lente 28-135 com f/5.6. Ele me mostra somente o que eu selecionei, bem fácil de achar (agora imagine isso para TODAS as suas fotos).

É possível fazer filtros de busca com o metadata browser

Por que eu tenho que exportar as fotos para ter os jpgs? Porque o Lightroom trabalha com um arquivo de catálogo (Lightroom Catalog.lrcat). Quando você manda importar as fotos para uma Library, o Lr grava os arquivos na pasta, até aí tudo bem. Qualquer modificação que você vá fazer na foto por dentro do Lr, você deve fazer e mandar exportar pelo Lightroom clicando em File » Export. Resumindo: as fotos ficam nas pastas, e as alterações feitas por você (somente as alterações) ficam no arquivo de catálogo, o que você vê quando mexe em uma foto no Lightroom não é o resultado final, e sim uma pré-visualização; pois para gerar o jpg final você deve mandar exportar, desta forma ele salva as alterações que você fez (que ele tem gravado no catálogo) na foto e gera o jpg onde você quiser. Inclusive no export, se você marcar a opção “Add Copyright Watermark”, ele irá pegar o nome que está gravado no metadata e colocar no canto inferior direito. Você pode selecionar mais de uma foto e exportá-las todas de uma vez! Exportar é tudo de bom, pois você fica com seus arquivos jpg originais na pasta e caso queira a foto modificada, basta ir nela e mandar exportar, que ele vai lembrar o que você fez e vai salvar no lugar que você quiser.

O suporte à arquivos RAW é maravilhoso. E suporta quase todos os tipos de câmeras que gravam neste formato. Para quem trabalha muito com RAW, o Lightroom é altamente recomendado, pois além do programa ficar mais rápido (porque ele não trabalha com informações pré-compiladas e sim com um arquivo fonte, digamos assim [mas essa característica é comum a todos os programas de imagem]). Tanto o Lightroom como o Photoshop utilizam o mesmo engine para mexer nos arquivos raw. Que é o Adobe Camera Raw, esse “subprograma” funciona da mesma maneira tanto no Lr quanto no Ps.

Presets! Presets! Presets! Uma grande funcionalidade do Lightroom que eu adoro explorar são as presets! Sabe quando você faz uma alteração em uma foto e fala: “caramba, transformei a foto da água pro vinho! Queria poder salvar só essa configuração para aplicar em outras fotos”. Pois é, o nome disso é Preset. Presets são “estações” que você grava que guardam as configurações que você aplicou na foto! É exatamente isto. Supondo que eu consegui fazer uma alteração em uma foto modificando ela para preto e branco, dei uma mexida no contraste, na saturação, brilho, etc. de forma que ficasse explêndido!! Pronto! Eu salvo a preset com o nome “Preto e branco explêndido” e sempre quando eu quiser aplicar as mesmas configurações em outras fotos, eu clico no nome da preset e plim! Uma grande vantagem é que você pode importar e exportar presets, de forma que se você tenha um amiguinho que também mexa com fotografia, vocês trocam presets, olha que divertido! Existem sites na internet que tem milhares de presets para download, tudo de graça, em vários sabores.

Espero ter ajudado de alguma forma com minhas palavras sobre este software. Uma boa quarta-feira a todos!