Inspiração Fotográfica: Carolina Muait


Na vida há os que aprendem arte, e há os que nascem com ela. É com essa frase que eu apresento a inspiração fotográfica de hoje, uma jovem de 19 anos que aprendeu fotografia sozinha, usando somente seu poder de observação e bom senso para saber o que é fino, Carolina Muait se destaca por fotografar ela mesma; em um estilo único. Porém, não só de fotografia é feita sua arte, e para que você conheça um pouco mais de como suas idéias vêm à tona, leia as palavras a seguir; que podem ser encontradas em seu blog “entre linhas;”.

Deixando sufocar, de leve, se esvai todo o ar. Em cima do pescoço eu carrego quem vive a atordoar: a mente sente, o que meu coração não mais pode sequer sonhar.

Essa abaixo eu gosto muito, tem um “q” de recursividade nela…

Mais importante que saber o que se sente: é sentir o que se sabe.

Muito bacana né? Mais textos podem ser encontrados aqui. Então, para que conheçamos um pouco mais dessa escritora/fotógrafa, fiz uma rápida entrevista:

R: O que mais gosta de fotografar?_

C: Corpo, geralmente gosto de fazer a composição corpo e luz, e mulheres.

R: Geralmente a gente não começa fotografando assim nesse estilo todo. Como foi o seu caso? Você se apaixonou direto por fotografias de composição, corpo, luz e mulheres, ou vc teve alguma fase antes disso?

C: Não, no meu caso foi direto com o corpo, eu sempre tive fascinação pelas curvas e imagem do corpo em si, acho que isso veio da dança, fiz 4 anos de ballet, 3 de olímpica e 7 de rítmica, então eu me centrava sempre na estética do movimento, e chegou num ponto que eu precisava registrar isso, com o perfeccionismo estético, sempre.

R: Isso tem a ver com tom melancólico e nostálgico dos textos que você escreve em seu blog?

C: Ah, tudo se complementa! A foto e a poética saem de mim, né… então essa contemplação da matéria vive passando do campo palpável pro subjetivo, o tempo todo.

R: Tem alguma referência,  seja artista ou fotógrafo o qual você se inspira para fazer seus ensaios?

C: Tenho sim, não é um cara muito conhecido ainda, mas ele faz fotos de nu incríveis, com cenários absurdamente inusitados, o nome dele é Scott James Prebble.

R: Reparei que às vezes você usa o nome “Noir_90”. Sabemos que noir é um tipo de fotografia. Tem algo a ver?

C: É, na verdade esse 90 aí não tem nada a ver, fiz isso porque já tinha um fotolog usando esse login puro: “noir”. Eu gosto muito desse estilo, quase um expressionismo alemão, esse contraste forte, sufocante…

R: Entendi, eu achei que o 90 viesse num tipo de “escala de força”, que nem ISO. onde tem iso100, iso200, risos._

C: LOL, até seria interessante, mas não foi por ai.

R: Você já foi surpreendida alguma vez por alguém que falou que você é muito nova para essa maturidade fotográfica? Pois assumo que não é comum uma pessoa de 19 anos com essa maturidade toda - e olha que você começou sei lá, aos 16?

C: Isso nunca me surpreendeu não, e eu sempre fui meio esnobe quanto ao “supérfulo” mesmo, meu pensamento sempre foi mais voltado pra dentro, tanto que vc vê isso no auto-retrato. Preciso expressar pelo meu próprio corpo, meu próprio olho, e por aí vai…

R: Obrigado pela entrevista. O post deve sair essa semana ainda.

C: Eu que agradeço a oportunidade de poder participar!

Nossa, é tanta coisa que eu tenho pra escrever a respeito dela, que quase já ia esquecendo de mostrar o mais importante: a inspiração fotográfica!

E agora algumas como fotógrafa “normal”, heheh

Linda fotografia, simples e bem expressiva.

Então, pelo fato dela também ser fotógrafa, muitas vezes torna-se extremamente fácil fazer trabalhos com ela como modelo. Tenho dois ensaios sobre ela que julgo ser os meus melhores, ambos foram muito fácil de fotografar e as poses saíam com muita naturalidade.